Jubileu: a “peregrinação” LGBT recebida com exibição de insígnias

Fonte: Casa Autônoma do Brasil

Diana Montagna se apresenta, em sua conta no X, como uma jornalista americana com base em Roma e credenciada junto da Santa Sé. Ela conduziu uma série de entrevistas com Dom Athanasius Schneider para a publicação da obraChristus vincit, o Triunfo de Cristo sobre as trevas de nosso tempo, e é diretora-geral do site The College of cardinals report.

Por ocasião da “peregrinação” LGBT que deveria ocorrer em São Pedro de Roma, no dia 6 de setembro de 2025, por ocasião do Ano Jubilar – oficialmente organizada por várias associações, particularmente pela “Tenda di Gionata”, cujo nome figura sempre no calendário do Jubileu (em língua italiana) – Diana Montagna procurou evitar os previsíveis excessos alertando os responsáveis.

A Matteo Bruni, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, depois ao Dicastério para a evangelização, ela perguntou se sinais explícitos seriam tolerados nessa “peregrinação”. Todos a tranquilizaram: nenhuma bandeira, nenhum estandarte ou outro sinal seriam permitidos, mas “apenas a cruz oficial do Jubileu” seria autorizada na via della Conciliazone, e para passar pela Porta Santa.

Contudo, durante o evento, a jornalista pôde constatar pessoalmente que uma cruz arco-íris era carregada no seio do grupo, mesmo dentro da basílica. Na “procissão”, antes da entrada, um guarda-sol com as corres LGBT era perfeitamente visível. Além do mais, muitos participantes portavam bandeiras arco-íris, mais ou menos desdobradas. Algumas fotos comprovam isso.

No seio do cortejo, as roupas muito explícitas de “duplas” de homens, em particular, não deixava nenhuma dúvida sobre sua relação. A camiseta do “Jubileu” LGBT, com as 6 cores bem conhecidas, era ostentada, ademais, no peito de todos. Diana Montagna chegou a ver uma bandeira LGBT carregada nos ombros de um padre, com a inscrição “intersex-inclusif (“intersexual inclusivo”)”.

Isso explica porque Michael Matt, redator-chefe do Remnant, intitulou seu artigo “Pride at St. Peter’s”, “Orgulho gay em São Pedro”. Dom Schneider, entrevistado por Diane Montagna, manifestou sua profunda indignação e exigiu uma reparação da parte dos responsáveis. Essa entrevista foi especialmente reproduzida por Lifesitenews.

Mas isso não é tudo. Antes de passarem pela Porta Santa, os “peregrinos” assistiram a uma missa celebrada por Dom Francesco Savino, um dos vice-presidentes da Conferência episcopal italiana, na Igreja de Gesù, em Roma. Ao longo do sermão, o bispo disparou: “Irmãos e irmãs, digo isto com emoção: é hora de devolver a dignidade a todos, sobretudo àqueles a quem ela foi recusada”, palavra que foi saudada por longos aplausos. Em seguida, todos os participantes foram convidados a comungar.

Esse episódio mostra claramente a acolhida incondicional oferecida pelos homens da Igreja às pessoas que se declaram homossexuais, e a quem ninguém pede para se arrependerem, nem para renunciar a um modo de vida pecaminoso.

Esse acontecimento é uma abominação, como bem disse Dom Schneider. Uma profanação no sentido estrito, visto que indivíduos que vivem em um estado de pecado absolutamente contrário à vontade de Deus, e que exigem isso publicamente, realizaram um simulacro de santificação: ninguém pode se santificar se não começar pela renúncia de seu pecado.

Ora, isso não está em questão. Os homossexuais que adentraram na basílica de São Pedro desejam ser reconhecidos e aceitos como tais. Eles não renunciam a nada: eles querem que a vontade imutável de Deus mude. Eles exigem que a Igreja proclame que Deus mudou, que Ele não é mais o mesmo, em outras palavras, que ele não é mais Deus.

Nesse acontecimento, não há somente um pecado das autoridades que mantiveram essa manifestação apesar dos alertas, aceitando essa proclamação do “orgulho gay” que se levantou contra Deus na basílica petrina. Aqui, soma-se um escândalo destinado a perdurar. Ora, tal autorização vai ampliar consideravelmente a influência desses grupos homossexuais na Igreja.

E, por isso mesmo, diminuir consideravelmente a força do ensinamento católico. Não somente quanto à moral sexual, mas quanto a toda a moral. Como diz São Tiago em sua Epístola: “Ora, todo aquele que observa toda a lei, se vem a falhar em um só ponto, é culpado de todos”. Se a Igreja se enganou nesse domínio, como se imporia nos outros? É sua própria autoridade que desmorona.

Pela falsa pastoral que é implementada por toda parte na Igreja através da Declaração Fiducia supplicans, de sinistra memória, e, agora, esse ponto culminante da “peregrinação LGBT” do Ano Jubilar, a moral católica, não somente nesse ponto, mas sobre os demais, se prepara a colapsar. Leão XIV será aquele que assistirá a esse desastre sem fazer nada?

Por sua vez, a Fraternidade São Pio X convoca à oração. As Quatro Têmporas de setembro que se aproximam podem ser uma oportunidade de rezar e jejuar para pedir perdão a Deus, e para oferecer nossa reparação em união com o sacrifício de Nosso Senhor sobres os altares. Que Nossa Senhora da Compaixão nos inspire nessa resolução.