São Joaquim, Pai da Santíssima Virgem Maria – Folha Dominical 337 – 17 a 23 de agosto de 2020

“Joaquim e Ana eram piedosos e ricos israelitas da tribo de Judá, possuidores de grandes rebanhos. Não tinham filhos, e isto, para os judeus era motivo de ignomínia. Um dia, Joaquim, que foi ao templo apresentar uma oferenda, viu-a, tristíssimo, ser recusada pelo sacerdote, justamente por causa da esterilidade da esposa. Arrasado pelo sucesso, o bom homem, ao invés de voltar para casa, com os rebanhos buscou a montanha, desesperado. Durante cinco meses, ninguém, nem mesmo a esposa, ouviu falar de Joaquim. Desaparecera, e dele, notícia alguma chegava ao lugar em que vivia.

A dor de Ana foi imensa. Dir-se-ia que enviuvara. Mas, um dia, quando, como de costume, fazia suas preces, um anjo apareceu-lhe, para enchê-la de alegria: Joaquim, muito breve, tornaria, e ambos, novamente juntos, haveriam de ter o que tanto desejavam – um filho. Joaquim na montanha, também recebeu aquele enviado de Deus, que lhe prometeu a mesma alegria e lhe ordenou que descesse e voltasse para a esposa. Quando o Santo se aproximava, tornou o anjo a visitar Ana, dizendo-lhe que o marido se avizinhava e, pois, fosse-lhe ao encontro, na Porta Dourada. Ana, deslumbrada, toda numa alegria sem par, deixou a casa correndo e se precipitou nos braços do esposo. Assim, exultando, voltaram para o lar, a bendizer a Deus incessantemente. Nove meses mais tarde, nasceu-lhes uma filha – a qual deram o nome de Maria(…)

Quando a menina completou dois anos, Joaquim disse a Ana: – Conduzâmo-la ao Templo do Senhor, a fim de cumprir o voto que formulamos.  Ana respondeu: – Esperemos até o terceiro ano, porque talvez a menina venha a procurar o pai e a mãe. Joaquim concordou, dizendo: – Esperemos. Quando Maria entrou nos três anos de vida, foi desmamada, e Joaquim disse? – Chamai as virgens santas de Israel. Que cada qual tome uma lâmpada e a tenha acesa, para que a menina não volte atrás e seu coração não se apegue às coisas de fora do Templo do Senhor. E assim foi feito(…)”

Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIII, págs. 361 à 368.