Santa Rosa de Lima – Folha Dominical 339 – 30 de agosto a 6 de setembro de 2020

Nascida em Lima, Peru, em 1586, quase um século após a descoberta do Novo Mundo, Isabel Flores de Oliva é a primeira flor de santidade produzida pela América. “Entre outras flores da piedade cristã daquela região – afirmava o Papa Clemente X, na sua Bula de canonização – manifestou-se a Deus, aos anjos e aos homens uma Rosa de suave aroma, exemplo de toda a perfeição evangélica, primeira do novo mundo a ser posta na lista dos Santos”. Seus pais, pobres espanhóis que se estabeleceram no Vice-Reino do Peru, deram-lhe uma educação cristã e contaram-lhe a vida de Santa Catarina de Sena, a quem ela seguiu fielmente como modelo de vida religiosa. Foi a própria mãe que, ao ver uma rosa no berço, deu-lhe o nome de Rosa.

Ela foi consagrada ao Esposo Divino aos cinco anos de idade. Ela tomou o hábito de terciária dominicana, porque não havia nenhum convento feminino dominicano na cidade. Ela viveu como uma eremita no jardim de seus pais, onde se entregou à oração e à mortificação. A sua influência foi imensa, tanto pelas graças místicas que recebeu, como pela sua caridade para com os doentes,
as crianças abandonadas, os pobres e os idosos.

Seus sofrimentos e sua vida penitente, ela os ofereceu pela Igreja e pela cidade, pelas almas do purgatório e pela conversão dos pecadores. Santa Rosa teve uma sensibilidade particular para com as almas que se perderam depois de terem sido resgatadas a grande preço pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela chorou pelo destino dos chineses, turcos e das seitas heréticas que estavam dilacerando a Europa: luteranos, calvinistas, anabatistas, anglicanos… Ela entregou sua alma a Deus em 29 de agosto de 1617, aos 31 anos. O Papa Clemente X a canonizou em 1671.