O nascimento da Ordem Terceira
Os primeiros pedidos dos leigos
Em 28 de maio de 1971, em Ecône, na vigília de Pentecostes, alguns fiéis leigos apresentaram-se a Dom Lefebvre:
– Monsenhor, perguntaram, o senhor não tem uma espécie de Ordem Terceira? Será que os leigos não poderiam aproximar-se um pouco mais de sua obra?
– É verdade; está nos estatutos que “A Fraternidade também acolhe os agregados, padres ou leigos, que desejem colaborar com o objetivo da instituição e aproveitar suas graças para a própria santificação” (IV, 4).
– Então, Monsenhor, pode considerar-nos seus primeiros terciários.
– Bom… Reflitam. Não pensei nada ainda sobre esse assunto, a não ser essa alusão nos estatutos. Deixem-me pensar um pouco!
Dez anos de “reflexão”
Dom Lefebvre iria “pensar” durante dez anos. Enquanto isso, desde 1973, o fundador da Fraternidade, até então ajudado em sua gestão pelos ecônomos da Ordem do Espírito Santo, irmão Christian Winckler, em Friburgo, e pelo padre Marcel Muller, em Paris, refletia sobre a dispensa de seus dois benévolos e devotados ajudantes, conforme o desejo expressado pelos seus superiores. Desde então ele dizia: “uma Ordem Terceira de leigos seria útil para tarefas desse gênero”. Mas a finalidade espiritual continua tendo prioridade: viver da “nossa espiritualidade do Santo Sacrifício da Missa e da imolação; penetrar sempre cada vez mais nesse grande mistério de nossa fé, tesouro do Coração de Jesus, fonte de todo amor verdadeiro e inalterável”. Entretanto, a Ordem Terceira só nasceria em 29 de janeiro de 1981, data na qual o conselho geral da Fraternidade promulgou as regras redigidas pelo fundador no final de 1980.
Os deveres dos Terciários
A uma vida cristã “de sacrifício e de corredenção”, os terciários devem acrescentar o apego à Tradição expressa pelo magistério infalível e pelo Catecismo do Concílio de Trento, à Vulgata, aos ensinamentos do Doutor Angélico e à Liturgia de sempre.
Os deveres dos terciários são muito exigentes? Na verdade não! Bem equilibrados, eles não vão além do que é possível pedir a fiéis fervorosos, nada muito difícil. Mas o ambiente em comum vence o individualismo, estimula o zelo, eleva o nível da caridade e da oblação ao mais alto grau possível. A Ordem Terceira forma assim, ao lado do priorado da Fraternidade, uma elite espiritual fervorosa e dedicada.
(Dom Tissier de Mallerais, em “Mysterium Fidei”, Boletim de Ligação dos Terciários, Abril-Maio 2003, nº24)
Os passos para entrar na Ordem Terceira
A pessoa que deseja entrar na Ordem Terceira deve frequentar ou manter contato com um priorado da Fraternidade. O postulante deve, então, enviar um pedido escrito ao Superior do Distrito através do padre do lugar.
Após ter recebido a resposta, os postulantes tem um tempo de prova de 1 ano, durante o qual o sacerdote do lugar deve orientá-los para que cumpram as obrigações dos estatutos. Corresponde também ao sacerdote vigiar e verificar que estas obrigações são cumpridas.
Ao final de um ano ou menos de provação, o postulante, com o consentimento de um padre da Fraternidade São Pio X, faz seu pedido escrito de compromisso definitivo.
O secretariado envia então a carta de membro definitivo que deve ser assinada no dia da cerimônia dos compromissos, quando se receberá a insígnia, a medalha e o crucifixo. O postulante torna-se, assim, Terciário da Fraternidade São Pio X.
Todas as pessoas que desejarem receber mais informações sobre a Ordem Terceira da Fraternidade ou que se interessarem por formar parte dela podem se aproximar dos Priorados do nosso Distrito e pedir ali o acompanhamento dos padres. (Veja aqui os endereços dos nossos priorados, capelas e comunidades amigas.)
As pessoas que se encontrarem demasiado distantes das nossas casas, podem entrar em contato com um padre da Fraternidade clicando aqui.